Já fui rainha e já fui plebeia. Já fui tempestade e já fui garoa. Já fui vulcão, tormenta e furacão. Já fui diamante e já fui vidro. Já fui mansão e já fui barraco. Já fui champanhe e já fui água. Já fui oceano e já fui gota d'água. Já fui carruagem e já fui monociclo. Já fui riacho e já fui cachoeira. Já fui saudade e já fui ilusão. Já fui estrela e já fui constelação. Já fui galáxia e já fui buraco negro. Já fui barulho e já fui melodia. Já fui coragem e já fui covardia. Já fui vergonha e já fui ousadia. Já fui confusão e já fui tranquilidade. Já fui loucura e já fui sanidade. Já fui paixão e já fui repulsa. Já fui amor e já fui ódio. Já fui escuridão e já fui luz. Já fui caminho e já fui perdição. Já fui sentimento e já fui sensação. Já fui emoção e já fui impulso. Já fui corpo, alma e coração. Já fui tudo e já fui nada. Agora sou uma folha que o vento leva... Sem destino, sem caminho, sem vontade, sem restrição.