Silêncio. Silêncio. Silêncio. Quieto, muito quieto. Fazia frio e eu nem me lembrava mais como era o calor do sol. E der repente algo mudou... Por entre as sombras do Vale do Silêncio eis que surge a figura do Amor. Envolto em centenas de estrelas. Banhado por mil e um raios lunares. Aquecido por milhões de orações silenciosas. Ele caminha até mim. Sorri. Seus dentes cintilam como se fossem fractais da própria luz Celestial. Se aproxima. Estende a mão. Eu a pego, aflita. Sinto seu toque protetor, envolvendo cada pedacinho do meu ser. Ele se aproxima mais... Me abraça. Me aquece. Me acalma. Me leva pra longe do mal. Me tira da escuridão. Me protege. Me acalenta. Me faz sentir verdadeiramente em paz em um trilhão de anos. Meu anjo, meu Doutor, meu salvador. Em instantes retornamos à velha cabine policia azul-desbotado. Nossa, nada mudou... Até aquele cheiro de baunilha com um toque de canela. O mesmo cheiro, o mesmo barulho ca...
Tentando sempre ver a luz por entre as sombras, a beleza por entre as lágrimas e a alegria por entre as dores.