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Human nature. - Y. Oak.

Uma manhã chuvosa de sábado.
O conhecido friozinho do nascer do dia.
Todas as ruas pintadas de furta-cor.
Um céu cinzento e repleto de significados.
Aquela música tocando no rádio e ecoando na alma.
O cheiro de amor perdido está no ar.
'A culpa é minha!' gritou minha consciência.

Completamente certa e lúcida.
Mas agora é tarde.
'Não tenha medo de querer voltar!' eu queria não ter medo.
Mas sou muito covarde.
Covarde de mais até para desistir do meu orgulho.
'Eu tenho vício de me machucar!' a mais pura verdade. 
Olha o que o medo me fez perder.
Perdi tudo e ainda tenho que continuar a ser forte.
Não dá mais para aguentar.
Me jogo de novo na cama com o choro preso na garganta, se libertando aos poucos. 
Muito tempo de lágrimas presas no peito.
Aquele choro mansinho e sussurrado em uma oração.
Eu cubro meu corpo trêmulo e volto a dormir, ou a tentar.
O sono foge, mas a música no rádio cria uma barreira.
Me prende no meu antigo mundinho de felicidade e enfim, eu consigo descansar em paz. 

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