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Aprendendo a Desamar. - Y. Oak.


Pág. 66

"Foi quando eu percebi que estava apaixonada... Novamente apaixonada, e como sempre pela pessoa errada. Me vi amando alguém que eu sabia, nunca poderia corresponder tal sentimento. Ele era comprometido, fiel e feliz. Sim, seu coração já tinha dona. E de certa forma isso não me afetava muito, até aquele dia... Era fim de tarde e ele me chamou para conversar, queria minha ajuda. Dali à três dias seria o aniversário do seu amor e ele queria que eu o ajudasse a preparar uma festa surpresa para ela. Mas, a maior surpresa não seria a festa ou os presentes, não... Ele a pediria em casamento! E fez questão de me mostrar o belíssimo e caríssimo anel que ele havia comprado, o anel que ela mesma escolheu sem nem ao menos perceber. 
Naquele momento eu morri. 
Morri por dentro e por fora, minha expressão representava minha dor e as lágrimas eram espelhos dos destroços do meu coração. Coitado, ele ficou preocupado comigo... Sempre se preocupando comigo, sempre querendo me ver bem. Meu melhor amigo, meu maior amor. Menti, como sempre fazia quando algo relacionado à ele me machucava, disse que era emoção pelo grande presente e pela surpresa incrível. Ele sabia que era mentira, sabia que algo me magoava, mas como sempre fingiu não perceber para não tocar no assunto. Ele me perguntou se eu havia gostado e eu disse que sim, que era muito lindo. Ele perguntou se poderia me pedir mais um favor... Queria que eu servisse de 'teste' para ele fazer o pedido. Céus! Eu já não havia sofrido o suficiente? Por que mais essa? Concordei, já me arrependendo disso.
Ele pegou minha mão, ajoelhou-se e me olhou nos olhos. Declamou para mim as palavras que diria a ela.. E no final, 'pediu-me' em casamento, colocando o anel em minha mão trêmula.
Inconscientemente eu disse sim, sim, sim!!! Eu disse sim e o abracei, o que o assustou. Quando percebi o que fiz eu o soltei e disse que essa seria a reação dela quando ele fizesse o pedido.
Ele agradeceu e eu devolvi a ele o anel.
Depois daquele dia eu nunca mais fui a mesma... E acho que ele também não.
Não nos falamos mais depois desse acontecimento e eu tenho agora nas mãos o convite de seu casamento...
Sim, ele me convidou afinal, como ele mesmo disse, 'não podia deixar de convidar minha melhor amiga'.
No verso do convite ele escreveu a mão mesmo uma mensagem pra mim, a qual pretendo guardar para o final da história, caso eu escreva um livro algum dia...
Talvez, uma fatídica história de amor impossível renda alguns exemplares esgotados, quem sabe?!"

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