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Deixe-me saber

Deixe-me saber



Da próxima vez que partir,
que despedaçar meu pobre coração,
que fizer pouco caso do amor que nele habita,
deixe-me saber.

Deixa-me saber que tuas palavras açucaradas eram fachadas
para um passatempo passageiro, nos teus dias de tédio profundo.

Da próxima vez que mentir,
que disser coisas que não sente a vero,
que usar de subterfúgios para afastar-me da verdade,
deixe-me saber.

Deixa-me saber que a confiança depositada em ti foi perdida,
como pegadas apagas pelo vento forte das tempestades de areia.

Da próxima vez que roubar-me o amor,
que ardilosamente utilizar-se da minha sensibilidade,
que desfrutar do meu sentimentalismo sincero para diversão própria,
deixe-me saber.

Deixa-me saber que teu cego analfabetismo emocional
é grosseiramente gigantesco demais, para compreender meu lirismo emocional.





Y. de Carvalho.23/10/2018. 23:03hs. 

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