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Incompreensível


Barulho, barulho, barulho.
Não consigo escutar meus pensamentos!
Tudo aqui dentro é uma mistura caótica de cobranças, medo e tristeza...
A felicidade parece ter tirado férias, sem prazo de volta.
Eu olho ao redor e me pergunto: "porque as coisas são assim?"
Despedidas atrás de despedidas, uma decepção constante.
Falta-me ânimo pra atravessar os portais de Fá....
O arco de Sol não me atrai mais, mas a culpa não é dele.
A culpa é do Carrasco Moredi, que destruiu meus pequenos fractais de luz.
Mas não, ele não apagou minha luz, só me mostrou que não devo brilhar aqui.

É por isso que quero partir...
Quero alçar voos mais altos, entre as luas se Saint Peter, a Casa das Artes e o Mundo Livre.
Quero dedilhar notas constantes sobre o papel amarelado, sabendo que quem sou, é o que vale.
Quero que meu sorriso seja constante, não passageiro.
Quero que o aperto no peito seja apenas saudade do meu Secreto Mundo do Som...
Mas, mas que tudo, quero ser livre!
E aqui, livre não posso ser...

Vejo a cada dia, que minha amada nuvem-mãe escurece pela tristeza, decepcionada com tudo.
Não quero vê-la assim, chovendo em silêncio quando queria que suas gotas fossem felizes!
Quero minha voz soando em quantas línguas quiser, sem barreiras entre music-hall e concert-promenade.
Eu só quero poder ser o que a alma quiser ser... Sem barreiras, sem limites.
Ser infinita...

É isso que me falta.




Y. de Carvalho.
23/10/2018, 22:55hs. 

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